quinta-feira, 10 de julho de 2008

A velha casa abandonada e o menino esquecido.




















Eu estava sentado em uma cadeira na frente da velha casa abandonada, havia uma paisagem de um lugar esquecido, eu via um menino, e não saberia descobrir quem ele era em mim.

Ele chorava, entre os anjos não vistos, como se estivesse perdido,
tudo era longe, eu não estaria de corpo nesse lugar,
não saberia que estaria ali para encontrá-lo.

A casa era velha, como um ermo, em um pasmo esquecido,
não havia indícios de estar ao conhecido,
tudo era antigo, no sentido que eu encontraria minuciosas razões infinitas,
que nada faria-me sair desta contemplação.

Eu estava na aquele lugar para observar, e não imaginava,
que em seus contornos haveria uma parte de mim.
O menino era só, como a criança que cria os seus amigos imaginários ,
como o mundo que não vemos, mas fazemos dele um mundo de nossas companhias.

Em tão pensei , que seria o menino mais um dos meus personagens imaginários da minha solidão.
A velha casa era um lugar grande para os meus sentidos,
e eu apenas continuava na cadeira,
imóvel sem cessar do sonho.

A criança era uma continuação de mim deixada,
ele não me conhecia, eu não poderia conhecê-lo,
sem saber que a velha casa era um lugar desconhecido,
que eu não havia percebido,em um mundo que eu não teria um tempo,
de sentar, para olhar e refletir,nas paisagens internas que se perderam em mim.
(Febá)

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