quinta-feira, 10 de julho de 2008

A Natureza Minuciosa



















Todos os dias, sob os nossos sentidos, a natureza aparece aos olhos na simplicidade do recanto de um mundo escondido por de trás da matéria bruta da cidade elevada, em cada instante um paisagismo escondido, como um mundo que se abre sobre outro, escondendo outros mundos não vistos, numa infinidade de passarinhos percorrendo tantos telhados sobre casas abandonadas da imaginação dos detalhes modernos, na escultura de uma cidade desconhecida, a qual cada instante se nasce o belo contemplado a beleza gratuita em apreciar minuciosas aparências.


Uma raridade imensurável de paisagens tocantes e delicadas que encontrávamos sobre as arvores, em um mundo que a alma apreciava como se fosse uma parte de si sentida na imprevisível forma dos detalhes da natureza percebida em um mundo perdido dentro da velha cidade esquecida elevada, retornei em devaneios para contemplar lugares com redutos de aves e paisagens desconhecidas, bosques encantados invisíveis, nascentes de diferentes borboletas, entre formas que surgiam e geravam outras formas, sendo que a cidade era o pano de fundo da paisagem esculpida de serras antigas, rios adormecidos, vasta história aplanada sobre a estrutura de uma paisagem nova, um mundo concreto revestido por cima de outros de antigas formas passadas, e a natureza ressurgia num resplandecente cinema das paisagens vistas, na impressão sensível do mundo, como um lugar esquecido, porque a visão é uma potencia inacessível.



Essa percepção das paisagens simples escondidas pelo mundo dentro da cidade, é onde que não há observadores contínuos que a natureza se apresenta como a arte no detalhe da poesia viva, no reino das imaginações dentro das cidades da natureza, o retorno do homem ao seu lar originário em sua afirmação sentida como vida, olhar o que os outros não ver e proteger esse minucioso mundo que em cada animal se esconde uma parte de nossa diversidade de mundos, precisamos ainda voltarmos e a vivermos mais perto dos vegetais, e a fazer do animal o nosso próprio reino do conhecimento.


A paisagem natural escondida dentro da cidade não é somente o seu íntimo detalhe, e nem ao menos as sobras de sua velha arquitetura de outros mundo antigos passados, ela é a sua própria restauração de um outro mundo que muito antes ali já havia de estado, desdentes de outros mundos originários, que não estavam pertos de nós as cidades foram transformadas em lugares que se fazem esconder as paisagens, em rios tampados, em cada qual no seu mundo, os homens que nelas crescem desconhecem que as arvores são a casa dos passarinhos, que o movente precisa muito da paisagem presa ao solo, pequenas plantas insignificantes para a paisagem não campestre, das estruturas imensas aplanadas para estabelecer a nova espécie que procuramos para nos relacionarmos com a própria vida.

Há uma raridade de seres sobre a cidade, na verdade não os vemos porque a próprio pensamento humano se desligou da sua própria natureza bucólica em si, o homem do campo era o artista que nas suas paisagens percebia o mundo com uma simplicidade verossímil, foi no campo que descobriu que podia ser um escritor, mas foi no contato com a natureza que notou que a poesia é mais que um sentimento, é o olhar da vida da aquele que vê o dia sobre as paisagens antigas, num mundo tão ainda vivo no interiorde mundos que encontrávamos tantas cidades da natureza amanhecidas pelo olhar simples de um poeta que a ela pertencia como reduto de sua nostalgia.

(Febá)

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